Depois de um bom tempo sem escrever
sobre produção audiovisual, queria pedir desculpas, ma o tempo é cruel para
quem trabalha nessa área. Tenho uma dívida com quem acompanhava esse blog e
agora quero recuperar esse tempo perdido.
Para retomar as atividades, vou
colocar aqui uma exemplificação do que é o profissional de audiovisual e suas
possibilidades de mercado de trabalho, pois o audiovisual é um conjunto de técnicas
para a produção de filmes para cinema, filmes publicitários, documentários (e
isso não fica restrito a apenas o curso de comunicação), programas de TV em
todos os gêneros e conceitos e por fim e não só isso, para o rádio.
Essas técnicas você pode adquirir
tanto nos cursos superiores de radio e TV, cinema e publicidade, dentro da
comunicação social, como em cursos profissionalizantes que cada vez mais,
atraem pessoas interessadas na área.
Após sua capacitação, esse
profissional pode atuar em produtoras de cinema e vídeo, emissoras de rádio e
TV e empresas que desenvolvem sites e conteúdo para celular. No rádio e na TV,
elabora a programação jornalística, esportiva e de variedades, dirige e edita
os programas, supervisionando a equipe de gravação e o trabalho dos produtores.
Escolhe o cenário, prepara os entrevistados e os argumentos. Pode atuar ainda
como apresentador. Na área de cinema e vídeo, escreve roteiros, escolhe os
atores, diretores de arte e técnicos. Faz o cronograma das filmagens e
viabiliza a locação e os equipamentos que serão usados. Determina a iluminação
e edita as cenas. Trabalha também na produção executiva, direção de atores e
cenas, assistência de direção, montagem de imagens e captação e finalização do
som. Pode ainda produzir programas para transmissão na internet e em emissoras
de TV por assinatura.
Existe apenas uma certa diferença
para quem faz o curso superior e quem faz os cursos profissionalizantes, é que
no curso superior, o profissional é um conceituador deste segmento, ou seja,
ele determina mudanças e estudos que possibilitam a criação ou (re)construção
de estéticas, planejamento ou execução de produções audiovisuais. Já os cursos
técnicos preparam o profissional para executar exatamente esses novos conceitos
elaborados pelos comunicólogos, ou seja, opera e cria movimentos de câmera para
atender as necessidades do diretor, cria sistemas de comunicação entre a equipe
para melhor dar agilidade a produção, monta uma agenda de contatos úteis para a
produção e assim vai.
As mídias digitais aceleram o
processo de criação audiovisual por baratear todos esses custos, e por isso
amplia o mercado de trabalho para quem tem interesse de entrar na área, isso
tanto para os Bacharéis como para os tecnólogos. "O mercado de produção de
obras ficcionais também está em pleno crescimento", afirma Eduardo Simões
dos Santos Mendes, coordenador do curso de Audiovisual da USP.
As áreas de atuação que têm mais
oferta são edição e produção (de locação, figurinos, objetos) em trabalhos
fixos em agências de publicidade, produtoras de TV, cinema e vídeo e como freelance. Muitos profissionais
encontram estabilidade no mercado institucional, na produção de vídeos
corporativos e de material de apoio para empresas. Esse mercado é forte na
capital paulista, onde há boas oportunidades no mercado institucional, nas
emissoras de televisão e em produtoras.
Já aqui na Paraíba, esse mercado
cresce, mas esbarra justamente na questão de qualidade e avaliação da equipe,
seja ela no telejornalismo como nos programas de entretenimento e pior ainda
nas produtoras de filmes publicitários. Geralmente segue a regra de muito
trabalho e pouco dinheiro, fazendo com que o profissional trabalhe desmotivado
e com sua capacidade de produção reduzida por causa daquela velha pergunta: “tem
como baixar o custo?”, sem pensar que sempre tem como baixar o custo, junto vai
a qualidade do que se está produzindo.
Aos poucos esse quadro esta mudando
justamente pela crítica que vê o cenário como sem criatividade e em alguns
lugares esse levante já começa a ganhar força, portanto em breve veremos
melhores produções e com gente nova dando vida as produções descredibilizadas
pela sua irrelevância.
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