sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Mercado Audiovisual – PB / 2

       Ontem coloquei, aqui, uma resumida visão do profissional de audiovisual, mas hoje vou aprofundar um pouco mais sobre o tema e dar mais destaque para a cena paraibana. 
      Para quem pensa em fazer um curso superior de comunicação social, pensando no audiovisual, aqui em João Pessoa, temos tanto na universidade federal (UFPB) com cursos de Rádio e TV, Arte e Mídia e agora o recém criado curso de Cinema e Audiovisual, que teve seu primeiro vestibular no PSS 2012 com apenas 8 vagas e nas universidades particulares como IESP e ASPER com curso de publicidade e propaganda. Me desculpa se esqueci de alguma outra que tenha cursos relacionados.       
        Vou me deter a um dos mais recentes e mais específicos da área, o curso de Cinema e Audiovisual. Como grade curricular, o curso deverá ter caráter de formação prática, com egressos aptos a atuarem nas áreas de Direção, Fotografia, Roteiro, Produção, Som, Edição/Montagem, Cenografia e Figurino, Animação e Infografia. Criado no ano passado pelo professor David Fernandes, esse curso deve ter a formação é voltada ao desenvolvimento de projeto de produção de obras em diferentes gêneros e formatos, destinados à veiculação nas mídias contemporâneas; para a pesquisa acadêmica nos campos da história, estética, da crítica e preservação e, ainda, para a gestão e produção, distribuição e exibição, políticas públicas, legislação, organização de mostras e cineclubes.
     Todos os cursos, da área em nível superior, tem duração média de quatro anos. Nos primeiros anos predominam disciplinas básicas, como história e teoria do audiovisual. Matérias complementares, como roteiro de rádio, direção de atores e direção de arte, permitem ao estudante direcionar sua formação para a atividade de maior interesse. Em algumas escolas, é preciso escolher uma especialização, que pode ser em produção, roteiro, direção, direção de fotografia, som, hipermídia, montagem e edição ou pesquisa. No último ano, o aluno deve apresentar um trabalho de conclusão de curso, e algumas instituições consideram o estágio obrigatório.
        Ainda quero falar sobre os cursos técnicos que estão surgindo na cidade e as oportunidades que aparecem, principalmente, para quem está concluindo.
      Eu retirei do site Guia do Estudante da editora abril um resumo das atividades que um bacharel em audiovisual (seja ele chamado de Rádio e TV, cinema ou Publicidade e Propaganda) poderá executar.: 

Animação: Criar imagens com efeitos visuais, usando bonecos, fotografia, massas de modelar, desenho, papel e computação gráfica.







Captação de som: Escolher os equipamentos e microfones e tratar acusticamente a locação.











Criação: Conceber o projeto de um programa, assim como as vinhetas e chamadas para rádio e TV.








Coordenação de programação: Determinar o tipo de programa e o horário em que entrará no ar, definindo a linha da emissora.





Direção: Criar programas, definir o conteúdo, escolher a linguagem e o público e supervisionar o trabalho da produção e da equipe técnica em rádio ou TV. Em cinema, coordenar todas as atividades relacionadas à realização de um filme: da contratação da equipe técnica à orientação dos atores em cena e edição das imagens e dos sons.



Edição: Organizar o material produzido e fazer a montagem das cenas de filmes, vídeos ou programas de TV. Edição de som Criar, mixar e editar trilhas sonoras e sons de filmes ou vídeos.





Fotografia: Cuidar da fotografia do filme, da iluminação e também da definição de ângulos de enquadramento.







Montagem: Realizar a edição final das cenas de um filme ou um vídeo.






Produção: Providenciar a infraestrutura necessária para a realização de programas de rádio e TV, de um filme ou vídeo. Escolher o projeto, elaborar o cronograma de filmagem ou gravação e contratar a equipe artística e técnica. Chamar entrevistados e providenciar o material de cena, o figurino, a maquiagem e o transporte, entre outras coisas.





Roteiro: Escrever narrativas, diálogos e apresentações de programas, novelas, minisséries ou filmes. Preparar blocos de programas para rádio e TV. Criar uma história ou fazer adaptações de obras para o cinema, com diálogos e descrição de cenas próprios da linguagem cinematográfica.






Técnica: Operar os equipamentos usados na filmagem, gravação de imagens e sons, iluminação, edição e fotografia.







Vou continuar posteriormente esse assunto, aprofundando na função do produtor.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Mercado do Audiovisual – PB


Depois de um bom tempo sem escrever sobre produção audiovisual, queria pedir desculpas, ma o tempo é cruel para quem trabalha nessa área. Tenho uma dívida com quem acompanhava esse blog e agora quero recuperar esse tempo perdido.
            Para retomar as atividades, vou colocar aqui uma exemplificação do que é o profissional de audiovisual e suas possibilidades de mercado de trabalho, pois o audiovisual é um conjunto de técnicas para a produção de filmes para cinema, filmes publicitários, documentários (e isso não fica restrito a apenas o curso de comunicação), programas de TV em todos os gêneros e conceitos e por fim e não só isso, para o rádio.
            Essas técnicas você pode adquirir tanto nos cursos superiores de radio e TV, cinema e publicidade, dentro da comunicação social, como em cursos profissionalizantes que cada vez mais, atraem pessoas interessadas na área.
            Após sua capacitação, esse profissional pode atuar em produtoras de cinema e vídeo, emissoras de rádio e TV e empresas que desenvolvem sites e conteúdo para celular. No rádio e na TV, elabora a programação jornalística, esportiva e de variedades, dirige e edita os programas, supervisionando a equipe de gravação e o trabalho dos produtores. Escolhe o cenário, prepara os entrevistados e os argumentos. Pode atuar ainda como apresentador. Na área de cinema e vídeo, escreve roteiros, escolhe os atores, diretores de arte e técnicos. Faz o cronograma das filmagens e viabiliza a locação e os equipamentos que serão usados. Determina a iluminação e edita as cenas. Trabalha também na produção executiva, direção de atores e cenas, assistência de direção, montagem de imagens e captação e finalização do som. Pode ainda produzir programas para transmissão na internet e em emissoras de TV por assinatura.
            Existe apenas uma certa diferença para quem faz o curso superior e quem faz os cursos profissionalizantes, é que no curso superior, o profissional é um conceituador deste segmento, ou seja, ele determina mudanças e estudos que possibilitam a criação ou (re)construção de estéticas, planejamento ou execução de produções audiovisuais. Já os cursos técnicos preparam o profissional para executar exatamente esses novos conceitos elaborados pelos comunicólogos, ou seja, opera e cria movimentos de câmera para atender as necessidades do diretor, cria sistemas de comunicação entre a equipe para melhor dar agilidade a produção, monta uma agenda de contatos úteis para a produção e assim vai.
            As mídias digitais aceleram o processo de criação audiovisual por baratear todos esses custos, e por isso amplia o mercado de trabalho para quem tem interesse de entrar na área, isso tanto para os Bacharéis como para os tecnólogos. "O mercado de produção de obras ficcionais também está em pleno crescimento", afirma Eduardo Simões dos Santos Mendes, coordenador do curso de Audiovisual da USP.
            As áreas de atuação que têm mais oferta são edição e produção (de locação, figurinos, objetos) em trabalhos fixos em agências de publicidade, produtoras de TV, cinema e vídeo e como freelance. Muitos profissionais encontram estabilidade no mercado institucional, na produção de vídeos corporativos e de material de apoio para empresas. Esse mercado é forte na capital paulista, onde há boas oportunidades no mercado institucional, nas emissoras de televisão e em produtoras.
            Já aqui na Paraíba, esse mercado cresce, mas esbarra justamente na questão de qualidade e avaliação da equipe, seja ela no telejornalismo como nos programas de entretenimento e pior ainda nas produtoras de filmes publicitários. Geralmente segue a regra de muito trabalho e pouco dinheiro, fazendo com que o profissional trabalhe desmotivado e com sua capacidade de produção reduzida por causa daquela velha pergunta: “tem como baixar o custo?”, sem pensar que sempre tem como baixar o custo, junto vai a qualidade do que se está produzindo.
            Aos poucos esse quadro esta mudando justamente pela crítica que vê o cenário como sem criatividade e em alguns lugares esse levante já começa a ganhar força, portanto em breve veremos melhores produções e com gente nova dando vida as produções descredibilizadas pela sua irrelevância.  
           
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